Mande notícias do mundo de lá Diz quem fica Me dê um abraço venha me apertar Tô chegando Coisa que gosto é poder partir sem ter plano Melhor ainda é poder voltar quando quero Todos os dias é um vai e vem A vida se repete na estação Tem gente que chega pra ficar Tem gente que vai pra nunca mais Tem gente que vem e quer voltar Tem gente que vai e quer ficar Tem gente que veio só olhar Tem gente a sorrir e a chorar E é assim chegar e partir São só dois lados da mesma viagem O trem que chega é o mesmo trem da partida A hora do encontro é também despedida A plataforma desta estação é a vida desse meu lugar é a vida desse meu lugar é a vida A hora do encontro é também depedida A plataforma desta estação é a vida desse meu lugar é a vida desse meu lugar é a vida

Na pandemia Novas manias Na pandemia Na pandemia, ninguém me tira Nova rotina, novas manias Na pandemia, que dia-a-dia Que agonia, sem travessia Malú, Eli, Mali Com as plantas veio energia Um bom vinho, tabaquinho com café E dominó com boxe para não surtar A Dinha, Aline e a Fê Adeus pra tela eu vou dormir Raspar a língua quando acordar Para as minhas divas eu alimentar Também teve muito auto-cuidado Com saúde e alimentação (novas receitas) O Thi, a Nat e o Ariel Belas sementes para enfeitar (E trocou a batata pela couve-flor) Na pandemia, ninguém me tira Nova rotina, novas manias Na pandemia, que dia-a-dia Que agonia, sem travessia As Jú's e a bela Verô Se esticaram pra saudar o sol Mapa astral, ritual, teatral Cogumelos com um bom tarô Pra não virar Zé do Apocalipse Diego escolheu o sítio Nat e Pepe na boate class (endorfina) E passa o beque amiga Micheli Ôm namastê Nicole e Helinho E minha irmã virou a louca das planilhas Amá-bi-lê na bi-ci-clê Pirata corre e cria joaninhas Ai Liquinha, depois a gente arruma a casa (Depois a gente arruma a casa) Depois a gente arruma a casa (Depois a gente arruma) Depois a gente arruma a casa Na pandemia Depois a gente arruma a casa Novas manias Depois a gente arruma Que dia-a-dia Depois a gente, depois, depois Na pandemia

Tá frio aqui tá muito poluído Eu tô triste eu tô aborrecida Tá feio aqui tá muita poluição Tá fedido fumaça de caminhão Eu tô cansada da cidade eu quero ir pro mato Tem de tudo lá porco, galinha, pato Tem carroça, tem cachorro, tem carro de boi, e correguinho sempre tem Eu tô cansada da cidade eu quero ir pro mato Tem de tudo lá porco, galinha, pato Tem carroça, tem cachorro, tem carro de boi, e correguinho sempre tem Juvenar, Juvenar vem tirá o leite, são seis horas da manhã Juvenar, Juvenar Juvenar, Juvenar Juvenar, Juvenar vem tirá o leite, são seis horas da manhã Juvenar, Juvenar Juvenar, Juvenar Tá frio aqui tá muito poluído Eu tô triste eu tô aborrecida Tá feio aqui tá muita poluição Tá fedido fumaça de caminhão Eu tô cansada da cidade eu quero ir pro mato Tem de tudo lá porco, galinha, pato Tem carroça, tem cachorro, tem carro de boi, e correguinho sempre tem Eu tô cansada da cidade eu quero ir pro mato Tem de tudo lá porco, galinha, pato Tem carroça, tem cachorro, tem carro de boi, e correguinho sempre tem Juvenar, Juvenar vem tirá o leite, são seis horas da manhã Juvenar, Juvenar Juvenar, Juvenar Juvenar, Juvenar vem tirá o leite, são seis horas da manhã Juvenar, Juvenar Juvenar, Juvenar

Me atravessou em terça feira Cruzando em bloco Me atravessou em terça feira Cruzando em bloco Meu peito, meu peito, meu peito Despertou os meus suspiros Invadiu os meus silêncios Despertou os meus suspiros Invadiu os meus silêncios Ficou, silêncio ficou, silêncio ficou, silêncio ficou Iolorum Êiá Lundu Iorubá Ijexá Ô abre lá Ilê Ayiê Derá lonãs Iyè Jesá Me oprimiu em sorrisos Deixou-me na quarta Me oprimiu em sorrisos Deixou-me na quarta Às cinzas, às cinzas, às cinzas, às cinzas, às cinzas Despertou os meus suspiros Invadiu os meus silêncios Despertou os meus suspiros Invadiu os meus silêncios Ficou, silêncio ficou, silêncio ficou, silêncio ficou Iolorum Êiá Lundu Iorubá Ijexá Ô abre lá Ilê Ayiê Derá lonãs Iyè Jesá Me atravessou em terça feira Cruzando em bloco Me oprimiu em sorrisos Deixou-me na quarta Às cinzas, às cinzas, às cinzas, às cinzas, às cinzas Ahhhhhh Ahhhhhh Ohhhhhh Ohhhhhh Me fez carnaval e partiu Me fez carnaval e partiu Me fez carnaval e partiu Me fez carnaval e partiu Me fez carnaval e partiu Me fez carnaval E partiu

Hoje eu vim, mas faltou uma parte Hoje eu quis, mas num era o bastante Hoje eu parei eu pensei Foda-se Podem faltar várias partes Foda-se Posso não ser tudo que achava Que devia ser (que devia ser), que devia ser (que devia ser) Que devia ser Tô seguindo com os buracos Tô fluindo sem pitacos Vez em quando até empaco Mas sou eu quem me navega nesse mar Hoje eu vim mas faltou outra parte Hoje eu quis, mas num foi aceitável Hoje eu parei e pensei Eu não quero ser metade de ninguém Eu não vim aqui pra ser sua refém Eu não passo pano pra opressor Disfarçado de bom moço No esquema esquerdo-macho, machistinha manipula pra caralho Me completo no incompleto Em constante construção Num eterno movimento Sem resolução Mas com acolhimento Eu com o peso do meu corpo Você com o peso da sua fala Eu com o peso do meu corpo Você com o peso da sua Caladinha você fica mais bonitinha Isso não é coisa de menina, menina, menina Menina não pode ir a festa sem o namorado Isso é coisa de mulher, isso é coisa de mulher leviana! Você é legal, nem parece mina Te considero um brother Mulher não envelhece, apodrece E ser gorda não é bonito não Ah se você se esforçasse ficaria linda, linda Não seja uma vadia linda Uma vaca, louca, feia, puta, fácil, biscate, trava, gorda... sapatão! Ah mas eu só queria, eu só queria, ah mas eu só queria te elogiar Você não vai dar conta de carregar isso sozinha E se conseguiu a venda é porque ele tava dando em cima de você Shhh, fale mais baixo, seja discreta Encolhe essa barriga, parece que tá grávida Mmmmm deve estar naqueles dias Chata pra caralho, não serve para nada O meu corpo não é objeto O meu corpo não é objeto O meu corpo não é objeto O meu corpo é sujeito! Mas hoje eu vim Hoje eu quis Hoje eu vim Hoje eu quis Hoje eu vim Hoje eu pensei Foda-se

Hace tiempo que me voy Poco a poco silenciando Ya no se si es de hoy Por las calles van marchando Al horizonte el lumbre Me invita a ocupar Otro espacio y tiempo Fuera de este mal hogar Hace tiempo que me voy Poco a poco agotando Ya no se si es de hoy Mitos van se derrumbando No hay sentido oculto Ante el miedo que me da El salvajismo es culto De esta nueva realidad La nueva orden se afirma con fusiles No hay banda, solo ilusión perdida Me despierto de estos sueños tan febriles Con la corriente voy ya como andarina Ya voy ya voy ya voy De vuelta al mar, ya voy ya voy De una orilla al aire ya voy ya voy Ya voy de vuelta al mar Ya voy ya voy ya voy De vuelta al mar, ya voy ya voy De una orilla al aire, yo salto, me voy Ya voy de vuelta al mar Bajo el agua se encienden ojos miles Desde lejos un llamado me fascina Cuanto más fondo oigo voces muy sutiles Ay qué hechizo, ya me tiene a la deriva Ya voy ya voy ya voy De vuelta al mar, ya voy ya voy De una orilla al aire ya voy ya voy Ya voy de vuelta al mar Ya voy ya voy ya voy De vuelta al mar, ya voy ya voy De una orilla al aire, yo salto, me voy Ya voy de vuelta al mar Ya voy ya voy ya voy De vuelta al mar, ya voy ya voy De una orilla al aire ya voy ya voy Ya voy de vuelta al mar Ya voy ya voy ya voy De vuelta al mar, ya voy ya voy De una orilla al aire, yo salto, me voy Ya voy de vuelta al mar Ahhh ahhh ahhh Hace tiempo que me voy...

A gente cansa, a gente cansa Porque deixamos de acontecer A gente cansa, a gente cansa Porque paramos de reconhecer Como faz Para acordar Ganhar um corpo Afinar meu caminhar Deixar de não estar Como é que faz? E se refaz Como é que faz? E se refaz Quem canta em mim? Quem soa em mim? Onde eu abro espaço, onde o espaço abre o som Por onde a voz percorre para o canto encontrar E adentrar É nessa dança, é na contradança Que ansiamos desobedecer É nessa dança, é na contradança Que batalhamos romper com o dever Vem no canto peregrino Pulsa junto Enquanto vibra Sua voz ressoa e ecoa É pelo ar Que faz chegar É pelo ar Para vibrar Quem canta em mim? Quem soa em mim? Onde eu abro espaço, onde o espaço abre o som Por onde a voz percorre para o canto encontrar E adentrar Um novo escutar Deixa espalhar Vai sem forçar Respirar Parar Lembrar Continuar Não Esquece de Apoiar Pra Voz Respirar Parar Lembrar Continuar Não Esquece de Ativar Pra Voz Respirar Parar Lembrar Continuar Não Esquece de Somar Pra Voz Reverberar